quarta-feira, 1 de junho de 2016

Centro histórico de Quito


Visitando o Centro Histórico de Quito


Acordei pela manhã ansiosa para conhecer o centro histórico de Quito. Era meu último dia na cidade e não podia perder tempo.
O marido saiu cedo para o trabalho, tomei meu café da manhã e fui a pé, sempre tive medo de pegar táxi sozinha e em Quito não seria uma exceção.
A altitude nos obriga a caminhar devagar, respirando e às vezes dando uma parada para descansar.
O centro ficava a apenas três quilômetros do hotel, mas sob o efeito da altitude parecia bem mais.
Quito é cheio de subidas e descidas, ruas estreitas, porém encantadoras... Construções antigas, bem conservadas... Não é por acaso que o Centro Histórico de Quito foi declarado Patrimônio Cultural pela UNESCO, suas ruas exalam história.
Minha primeira parada foi na Basílica del Voto Nacional, uma igreja linda e muito bem conservada. Como na maioria das igrejas, a entrada não é gratuita, você paga dois dólares para poder entrar e lá é permitido fotografar.











Saindo da Basílica, desci a ruazinha estreita e comprida, em busca de mais descobertas.
Nota-se a presença marcante do catolicismo na cidade. Em quase todos os quarteirões você encontra igrejas, cruzes e monumentos.
Como estava com pressa e com poucos dólares, não me atrevi entrar em todas elas e fiquei satisfeita com meu passeio admirando apenas as fachadas maravilhosas.


















 Não vi muita graça no comércio local, não consegui nem ao menos comprar um ímã de geladeira com o nome da cidade. O que vi foram várias lojinhas de chineses abarrotadas de quinquilharias, mas nada típico da região, o que fez com que eu voltasse para o hotel apenas com um chapéu panamenho made in China que precisei comprar por causa do sol aniquilador do Equador.
Sim, acredite! Meu único souvenir comprado em Quito foi um chapéu do Panamá made in China!
Mas se você gostar de lenços, você vai fazer a festa, porque em TODAS as esquinas, as índias vão te oferecer um por apenas cinco dólares!

 O trânsito na região é como na maioria das capitais: um caos! Mas em Quito tem uma peculiaridade...Não tem semáforos no centro histórico, guardas de trânsito apitam o tempo todo tentando organizar o vai e vem das picapes enormes, que muitas vezes levam pessoas na carroceria, e dos táxis, cujos motoristas não são muito educados...


 Ouvi dizer que a cidade é perigosa. Felizmente não tive nenhum problema, vi muitos policiais na rua e fui advertida algumas vezes para tomar cuidado com meu celular, afinal, turista é bicho empolgado e tira foto de tudo que vê pela frente.
O povo equatoriano é muito prestativo, se você pede uma informação, fazem de tudo para te compreender e tentar te ajudar.
 No meio dessas dúvidas de turistas perdidos na cidade eu tinha um problema: precisava trocar uma nota de cem dólares para poder entrar em uma igreja que eu estava ansiosa para conhecer, mas mesmo amando aquele povo eu não era doida de perguntar onde poderia fazer isso para qualquer pessoa que eu encontrasse na rua, né?
Primeiro tentei trocar o dinheiro no banco. Entrei com minha nota de cem e minha cara de turista com chapéu chinês e depois de alguns minutos na fila, fui informada de que elas não trocavam dinheiro no banco...Me informaram que eu precisava de uma casa de câmbio... e lá fui eu atrás de uma!
Totalmente perdida, perguntei para um policial onde eu poderia trocar meus cem dólares por notas menores, e ele ficou tão preocupado com minha situação que me acompanhou, com sua arma em punhos até a porta da casa de câmbio, onde ficou esperando eu trocar o dinheiro. Ah! E detalhe: tive que pagar quatro dólares na casa de câmbio para trocar a nota! Então fica a dica: viaje sempre com notas de valores baixos, assim não terá problemas!







Deixei a cidade com um gostinho de quero mais, não vi tudo o que queria, e o ponto forte da minha visita ao Centro Histórico de Quito foi a Igreja de Ouro, mas foi tão especial que quero fazer um post só sobre isso.
Voltei para o hotel comendo um pacote de banana chips que comprei de uma índia  pelo caminho, cuja procedência desconheço, só posso dizer que estava delicioso e não tive revertério algum nos dias seguintes!
Se valeu a pena? SIMMMMM!
Se eu voltaria? CERTAMENTE!
Ah! Claro que eu não poderia deixar de tirar uma foto com meu chapéu panamenho Made in China!