quarta-feira, 18 de julho de 2018

Geyser de Tatio, nosso último passeio no Atacama



Deixamos para fazer o passeio aos gêiseres no último dia, pois segundo informações, seria o passeio mais puxado da viagem, o mais alto, mais frio e o que teríamos que acordar mais cedo.
Acordamos por volta das quatro da manhã, nos vestimos com tudo que tínhamos direito (acredite: talvez tudo ainda não seja suficiente), colocamos as cobertas no carro e partimos, no escuro ainda.


Os gêiseres estão a 4300 metros de altitude e a 80 Km de San Pedro, são aproximadamente uma hora e meia de viagem. Boa parte da estrada não é asfaltada, mas dá para dirigir tranquilamente. Estávamos com um carro 4X4, mas nem foi necessário acionar a tração, outras pessoas foram com carros simples e fizeram o trajeto sem problemas.Muitas pessoas não aconselham fazer esse passeio por conta própria, dizendo que a estrada é perigosa, mas nós não vimos nenhum perigo aparente.



O parque fica o dia todo aberto, mas o fenômeno dos jatos de água fervendo que são expelidos a uma altura até que considerável, e a enorme quantidade de vapor de água    (que é o charme do local) ocorre entre seis e sete da manhã,depois disso será "apenas" um campo geotérmico tímido no meio das montanhas chilenas, daí a necessidade de madrugar para fazer o passeio.







Nós tivemos um bônus neste passeio: o lugar estava completamente forrado pela neve que havia caído nos dias anteriores, o que deixou tudo ainda mais lindo! O contraste do céu azul, do vapor subindo e as montanhas ao redor branquinhas é uma imagem que vou guardar por muito tempo e vou me emocionar todas as vezes em que falar sobre o assunto. Sim! Foi lindo!





A imagem pode conter: céu, montanha, nuvem, natureza e atividades ao ar livre


Uma coisa que é unânime quando se fala sobre esse passeio é o frio. Sim, acredite! Faz muito frio! E quando te disserem que é frio, pense que é ainda mais frio do que a pessoa está falando, porque é REALMENTE MUITO FRIO. Chegamos a pegar -16 graus na estrada, mas lá, durante o passeio, a temperatura variou entre -12 e -13 graus.




Senti muito a falta de ter uma garrafinha térmica para levar um chocolate quente, acho que faria toda a diferença naquele momento, mas como eu não tinha, me contentei em tomar o meu leitinho gelado e comer um sanduíche igualmente gelado ( o bom de contratar uma agência é isso: café da manhã quentinho e no capricho naquela paisagem incrível).


Em meio a toda aquela friaca, teve gente que entrou na água! Tudo bem que a água é quente, mas a pergunta que eu não conseguia parar de fazer é: e pra sair dali??? Infelizmente não consegui ficar lá para ver o desfecho desta cena, e não sei se todos daquele grupo de turistas empolgados sobreviveram....

O caminho de volta é realmente muito lindo! Como na ida estava tudo escuro e não vimos nada, foi uma grata surpresa se deparar com aquelas paisagens! Passamos por formações rochosas incríveis, mirantes maravilhosos, rios e pequenos lagos congelados, sem falar na neve, que era uma espetáculo à parte!

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, em pé, montanha, atividades ao ar livre e natureza
Essa história preciso contar: A Bia encontrou uma blusa soterrada na neve... Insistiu em trazer, lavou, desinfetou, estilizou e hoje usa toda cheia de orgulho. Como não sabemos a procedência da blusa, a chamamos carinhosamente de "blusa do morto".


Vi realmente que valeria a pena ter deixado o passeio para as Termas de Puritama para a volta dos gêiseres, pois sem nada na programação e depois de ter acordado tão cedo, acabamos sem muita inspiração para procurar um lugar diferente para ir e  passamos o resto do dia intercalando a vontade de dormir e a vontade de aproveitar o restinho do tempo que tínhamos na cidade.
Nossa ociosidade naquela tarde foi tamanha. que chegamos a parar na beira da estrada para ficar atirando pedrinhas no Valle de la Luna, que absurdo, né? Mas naquela hora, parecia ser uma atividade bem legal, gratuita e que fazia todo o sentido! 😆

Nossa aventura pelo Atacama realmente estava chegando ao fim... era hora de começar a fazer as malas, de deixar tudo organizado para pegar a estrada rumo a Antofagasta no dia seguinte.
Eu nunca soube lidar muito bem com despedidas, confesso que antes mesmo de fechar a mala, eu já estava com uma saudade louca de tudo o que vivi naquele lugar incrível. Eu me apaixono muito fácil por cada lugar que conheço, e a sensação de que talvez eu nunca mais volte para aquele lugar realmente provoca um efeito devastador no meu coração ( é muita sofrência, de verdade!).
Viajar em família é uma mistura de tudo e mais um pouco:  são muitas emoções juntas e misturadas! Quatro pessoas com vontades diferentes, pensamentes diferentes e gostos diferentes convivendo num mesmo quarto, num mesmo carro, dividindo o mesmo guarda roupas, misturando roupas, perdendo tudo o tempo todo! Um menino e três meninas colecionando histórias e escrevendo mais um capítulo dessa aventura maravilhosa chamada " VIDA EM FAMÍLIA".

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