terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Barcelona: caminhada noturna

Depois da chegada traumática em Barcelona ( que contei na última postagem ) e de uma noite muito bem dormida na cama maravilhosa do NH Diagonal Center, era hora do marido sair para trabalhar e eu sair para turistar.
Me recusei a pagar 17 euros pelo café da manhã do hotel e fomos a uma padaria bem na frente da estação de metrô. Tomamos um café da manhã bem simples, mas honesto, por 3 euros.
A programação era pegar o trem com destino a Montserrat, e apesar da garoa constante, segui com meus planos. Senti que meu marido estava apavorado ao me deixar sozinha na estação de metrô, mas eu estava super animada com o passeio. Não resisti e já contei essa experiência aqui no Blog.
 
No fim do dia, voltei para o hotel sã, salva e cansada, mas era nossa última noite na Espanha e não podíamos nos dar ao luxo e descansar.
Tomei um banho rápido me agasalhei com tudo o que tinha na mala e fomos caminhar. Meu marido disse para irmos caminhando até o Parc Montjuic, disse que a fonte iluminada valeria a pena. Ele estava olhando o mapa da região, portanto, eu não precisava me preocupar, se ele disse que daria para ir a pé eu poderia confiar.
Começamos nossa caminhada, a noite estava linda, embora fria.
 







A felicidade dele e meus pés gemendo dentro do sapato.
 Caminhamos...caminhamos...caminhamos e o tal Montjuic não chegava nunca! Meus pés doíam, meu marido parecia estar perdido, mas não se dava por vencido.
No meio do caminho, fomos abordados por um paquistanês (outro!) que colocou um buquê de rosas na minha mão e bateu o maior papo com a gente! Ele era tão fofo! Tão simpático! Pena que nossa amizade durou tão pouco! Quando ele cobrou 20 euros pelas flores, selou ali o fim de uma amizade forte e duradoura entre um casal de brasileiros e um paquistanês em Barcelona. Saí dessa conversa com um único botão, e meu marido com 2 euros a menos!

Eu e minha rosa.

Depois de andarmos muito, parei para perguntar onde ficava a Praça Montejuic para uma senhora e ela me disse que era adiante, porém me aconselhou a pegar o metrô. Olhei com um olhar meio que fuzilante para meu marido, que sorriu sem graça. Como o lugar era lindo, movimentado e bem iluminado resolvi ir até o fim. Seria nossa última noite e eu queria mais uma história para contar para os netos. Queria que eles soubessem que seu avô tentou matar a avó de tanto andar em Barcelona.
Desisti de tirar fotos, nossas fotos noturnas pelo celular são péssimas! Uma pena, pois Barcelona a noite renderia fotos lindíssimas! Realmente preciso de uma câmera!
Paramos para comer, o que renovou as forças para continuarmos. Meu marido REALMENTE acreditava que a fonte iluminada valeria a pena!
Sim...valeria a pena... se a fonte estivesse acesa!
Acreditem, quando finalmente chegamos em Montjuic, estava tudo escuro, vazio...
Não sei traduzir em palavras o que senti naquele momento! Não sabia se deitava no chão e chorava, se exigia ser carregada no colo durante o trajeto de volta ou se arrancava o sapato do pé ( que estava me matando) na cabeça  do meu marido... Não fiz nada disso, pois a cara dele já pagava qualquer penitência.
Respirei fundo...reuni o restinho de forças que eu tinha e caminhamos até o metrô, rumo ao hotel.
Voltamos de metrô e ríamos da situação. Ri mais ainda quando já no hotel, abri o GPS, digitei nosso trajeto e descobri que andamos apenas 11 quilômetros na noite de Barcelona!
O que posso dizer de tudo isso? A noite de Barcelona é simplesmente linda!!!!
A rosa? Infelizmente ela não resistiu... Desfaleceu antes de chegarmos ao hotel!
Mas se você pensa que desistimos de Montejuic está muito enganado! Voltamos no outro dia, mas de carro, claro!
 




 
Ele conseguiu! Pensa numa pessoa feliz!
 
 
 

2 comentários:

  1. Ficou lindo demais,tá escrevendo e clicando suas memórias,PARABÉNS.

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  2. FELICIDADE NÃO TEM PREÇO ; 11 KILOMETROS AO LADO DA PESSOA AMADA , COMPENSA QUALQUER SACRIFICIO .

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