Termas de Puritama - Relatos de nossa viagem em família ao Atacama

Termas de Puritama... lugar para relaxar e agradecer

Nossa segunda manhã no Atacama começou preguiçosa e fria... Tomamos nosso café da manhã sem pressa, nos recuperando do dia anterior que havia sido muito intenso e cansativo.

A programação do dia era conhecer Termas de Puritama, somente no período da tarde, o que significava descansar, passear um pouco pela Caracoles e ficar postando fotos sem parar, aproveitando o Wifi do hotel.

Partimos rumo as Termas de Puritama e fomos bem tranquilos pela estrada linda que nos leva até lá.

A estrada é bem tranquila, e a vista é muito linda. Paramos algumas vezes para tirar fotos e para a Mariana empilhar pedras, pois nesta fase da viagem ele havia descoberto sua nova paixão.

Apachetas: a paixão que a Mariana descobriu no Atacama.

Carlos, pára o carro pra eu tirar uma foto incrível? Simmm... ele parou!

Sobre estar no melhor lugar com a melhor pessoa

Ter ido com calma nos proporcionou algumas surpresas pelo caminho, encontramos um cacto gigante e demos uma parada em Guatin, que tem um pequeno rio com uma vegetação incrível. Vale a pena a parada.

Só não abracei... matei minha vontade de tirar uma foto com um cacto igual aqueles do desenho do Pica Pau!

O bom de estar de carro é poder parar em todo lugarzinho fofo que você encontrar pelo caminho.

Amei este lugar! As cores mudam sempre que tem água por perto! Natureza linda!

Essas pedras empilhadas no Atacama se chamam "apachetas" , além de marcar geograficamente o caminho, tem um significado simbólico : um local sagrado de descanso para outros viajantes do deserto e a busca pelo equilíbrio entre o viajante e a natureza... A Mariana não sabia nada disso, mas deixou muitas apachetas pelo caminho...

Chegamos nas termas por volta de 13:30 e esperamos por meia hora para conseguir o desconto de entrada. A partir das duas da tarde, a entrada vai de 15.000 pesos para 9.000. 

Levamos água, bolachas e chocolates, já que lá nada é vendido. A estrutura de vestiários e banheiros é muito boa e todas as "piscinas" tem acesso bem tranquilo através de uma passarela.O estacionamento fica um pouquinho longe dos poços, na ida é bem tranquilo uma descida íngreme por uma estradinha de terra, o problema é a volta, com o corpo mole por causa da água e os efeitos da altitude... parece que não chega nunca! 

O caminho do estacionamento para as piscinas... 

Para descer, belezinha... mas para subir, vontade de deitar no chão e aguardar o resgate.

Uma coisa incomodou bastante: o frio! Embora a água seja bem quentinha, sair de lá era bem difícil, pois o frio realmente judiava! Cometemos um erro gigantesco em deixar nossas toalhas no vestiário, então quando saíamos de uma piscina, precisávamos correr para a outra e isso a uma altitude de quase 4000 metros, não é uma ideia legal.

Passamos a tarde toda por ali, conversamos, filosofamos, nos trollamos, descansamos, fizemos planos para as próximas viagens e encontramos muitos, muitos brasileiros.Vimos até uma raposa, que apareceu por lá para nos espionar!

O lugar é realmente muito gostoso, eu adorei ficar ali,se o valor não fosse um pouquinho salgado, eu voltaria mais um dia ( desta vez deixando as toalhas na borda das piscinas).

O tanque ( ou piscina) que mais gostamos foi o primeiro, ele é maior, mais fundo e mais quente, porém é também o mais cheio. Os tanques mais abaixo, seguindo a trilha do rio, vão esfriando gradativamente, e são mais rasos. Em um deles tem uma cascata deliciosa e quentinha ( que saudade). 

Água quentinha no meio do nada? Qual é o problema? No Atacama tem de tudo¹

Quando chegou a hora de ir embora, montamos uma estratégia onde o Carlos e a Bia se prontificaram ( meus heróis 💗💗💗) a sair da piscina e ir até os vestiários onde estavam nossas coisas, eles iriam se trocar e trazer nossas coisas para que eu e a Mari nos trocássemos no vestiário mais próximo de onde estávamos. Foi nessa hora o momento mais tenso da viagem... o Carlos saiu correndo, com frio até o vestiário e passou bem mal... sentiu tontura, enjoo e muita falta de ar... demorou dois dias para ele se recuperar. Ainda não sei se foi o efeito da altitude ou o choque térmico, só sei que ficamos realmente preocupadas com nosso meninão... ele passou o resto da viagem mascando folha de coca compulsivamente! 😂😂😂

Algumas pessoas fazem esse passeio na volta dos Gêisers del Tatio, o que é uma boa idéia, já que é caminho. Nós optamos por fazer tudo com calma, pois tínhamos tempo livre, já que optamos por não ir ao Salar de Tara.

Foi uma experiência incrível conhecer este lugar, ver como a natureza pode nos surpreender em todos os cantos do mundo... em meio ao deserto, no frio, um rio de águas quentes onde é possível relaxar e agradecer a Deus por tantas coisas boas que Ele nos proporciona! Gratidão define tudo.